Escritor da semana: Quezia Santos

Oiie gente, tudo bom com vocês??
Sei que era para ter postado ontem (podem me xingar kkkk), mas ocorreram uns probleminhas, estou muito ruim essa semana e não consegui terminar a edição da entrevista a tempo, sorry.
Mas agora vamos para a parte que nos interessa né, a entrevista! A escritora escolhida essa semana é a minha parceira Quezia Santos, autora do livro "Entre Palcos e Armários" disponível no Wattpad (vou deixar o link do perfil dela no wattpad ao final da postagem).
Espero que gostem de mais essa entrevista!

Sou Quezia Santos, tenho 23 anos, carioca, cristã, cinéfila, blogueira, poetisa e

escritora. Meu primeiro livro foi o drama “Até Onde Vai a Fé?” o qual escrevi aos 15

anos, porém escrevo poesia e poemas desde os 11. Após esse livro, escrevi “Coração

de Vidro” a trilogia “A Maldição do Vestido Vermelho”, o conto “Uma Entrevista com o

Diabo” e a ficção adolescente “Entre Palcos e Armários.” Participei e ganhei em

segundo lugar no Concurso Literário Poetise 2018 com a poesia “Uma Curva no

Tempo”. (para quem se interessar ela tem bastante conteúdo para ler kkkk)

• Desde quando você escreve e por que resolveu se tornar um(a) escritor(a)?

Bom, na verdade eu escrevo poesias e poemas desde os 11 anos de idade, mas o

primeiro livro eu só escrevi aos 15 anos. O motivo nem eu sei explicar porque

simplesmente num dia eu decidi que iria escrever algo e o mesmo seria sobre a fé. A

minha inspiração foi a trajetória da minha avó que faleceu de câncer quando eu ainda

era pequena.

• De onde vem a sua inspiração para as histórias que cria?

Depende muito, às vezes pode ser de um sonho, de uma paisagem que vejo enquanto

caminho na rua ou ando de ônibus ou até mesmo de uma foto na internet. A

inspiração exala de todos os lugares para quem é escritor. (eu as vezes tenho umas ideias bem loucas em momentos bem aleatórios kkkkk tipo quando to lavando louça)

• Quais são suas principais referências? Quais seus autores prediletos?

Confesso que sou bastante eclética na leitura: ao mesmo tempo que amo romance

histórico, amo fantasia e histórias apocalípticas com zumbis, aliens ou o caos do fim do

mundo. Logo, gosto muito de C.S. Lewis e com certeza se ele estivesse vivo hoje, meu

sonho seria conhecê-lo. Mas também admiro muito a Diana Gabaldon autora da série

de livros de Outlander o qual eu amo demais (e tem como n amar Outlander?!?! kkkk), gosto bastante do Josh Malerman, Julia Quinn e Nicholas Sparks.

• Dentre todas as histórias que você já escreveu se identifica com alguma e por que?

Sim, acho que Entre Palcos e Armários é o livro o qual mais me identifico pelo simples

fato de ter um pouco de mim nele. Na história eu incluí situações de bullying que

ocorreram comigo na escola e também a questão da depressão que enfrentei aos doze

anos. Como eu sempre digo: esse livro vai muito além de ser somente uma história de

ficção adolescente. (acho muito legal e importante tratar desses assuntos, para que assim as pessoas tenham mais consciência do que é, e caso sofram isso, possam procurar alguma ajuda)

• Quais são os próximos trabalhos que pensa em realizar?

No momento estou encerrando a minha trilogia mas ao terminá-la, irei iniciar uma

romance histórico envolto numa fantasia, que conta a vida de Thalia: Uma mulher

jovem vítima de um relacionamento abusivo, mas que descobre na verdade ser a

rainha perdida do Reino de Kalighan, o qual é refém do feitiço da lua. Somente Thalia

pode quebrar o feitiço, mas para isso ela terá de enfrentar seu próprio medo. A

realidade e a fantasia podem estar conectadas de formas inimagináveis. Além de

terminar de escrever esse livro, pretendo lançar outro romance na Amazon o qual já

está pronto porém só falta revisar. (já quero esse livro na minha mesa kkkkkkk)

• Possui algum personagem favorito entre todos os que já escreveu?

Nossa difícil, mas acho que a Sidney Rivera do livro Entre Palcos e Armários. Ela tem

uma personalidade quase igual a minha e já enfrentou a depressão como eu na

adolescência.

• Algum lugar em especial te inspira?

Jardim. Sem dúvidas, é o local que mais me inspira.

• Como é o seu local de trabalho?

Um caos. Depois que meu único notebook queimou, fiquei sem um local definido. Faço

vídeos e meus ebooks no computador na área de serviço da casa e lá não é um dos

melhores locais. É muito calor e abafado sabe, então eu passo maior parte do tempo

digitando e fazendo tudo pelo celular no meu quarto mesmo. Todavia, pretendo sim

organizar um canto só pra mim escrever até o fim desse ano.

• Escreve escutando músicas ou prefere o silêncio? Caso escute música enquanto escreve, quais são?

Na hora de escrever eu prefiro o silêncio, entretanto quando escrevo alguma cena

épica de batalha ou uma cena romântica e/ou dramática, separo algumas músicas ou

trilha sonoras, as quais que eu acho que combinam. Então, somente após escrever que

eu coloco meus fones de ouvido e leio tal cena ouvindo a playlist que preparei. Para

livros de fantasia eu ouço muito as trilhas sonoras do canal Two Steps From Hell e para

meus outros livros de drama, romance ou young adult, escuto muito Britt Nicole,

Thousand Foot Krutch, Superchick e Hollyn. (vou procurar depois para ouvir)

• O que acha mais difícil, iniciar ou terminar um livro?

Depende. Muitas pessoas tem dificuldades para iniciar uma história enquanto outras

tem dificuldades para terminá-la. Começar um livro pode ser difícil pelo fato de que é

imprescindível prender a atenção do leitor no início de uma história. Às vezes um livro

pode ser super interessante no começo mas vai ficando maçante ao decorrer da leitura

e seu desfecho é desanimador. Outros podem começar de maneira lenta e ir ficando

interessante, onde o desfecho é recompensador. Logo, começar e terminar um livro

são duas tarefas que precisam andar juntas na vida de um autor.

• Nos indique alguns dos livros que mais te inspiram e o porquê.

As Crônicas de Nárnia de C.S Lewis, a série de livros de Outlander de preferência o livro

dois, A Libélula no Âmbar da Diana Gabaldon e Um Porto Seguro de Nicholas Sparks.

Porque são três gêneros que me inspiram e me sinto feliz em lê-los: fantasia, já que

Nárnia envolve um mundo paralelo repleto de magia despertando assim a nossa

imaginação, Outlander que mistura romance de época com ficção histórica também

com magia, drama e principalmente viagem no tempo e Um Porto Seguro, que

acalenta nosso coração com uma história de amor singela, doce e com um tema forte:

o relacionamento abusivo.

• Fale 5 motivos pelos quais as pessoas deveriam ler suas histórias.

Abordo temas tabus como depressão e suicídio, em todos os momentos eu tento fugir

do clichê, trago em meus livros a originalidade com personagens fortes e narrativa

abrangente, costumo detalhar cenas por mais que sejam simples e faço a revisão das

minhas histórias para que nenhum detalhe passe desapercebido. (temas muito importantes de serem abordos)

• Como funciona seu processo de escrita? Desde o momento em que você pensa na história até o momento que a finaliza.

Geralmente quando eu tenho uma idéia para uma história nova, a primeira coisa que

eu faço é anotar no meu caderno de rascunho. Anoto principalmente o ponto principal

do livro e sobre o que ele vai abordar. Após isso, tento montar rapidamente princípio,

meio e fim da história e analiso se a mesma chamará atenção do leitor ou não. E

então, vou moldando o livro e organizando seus pontos principais. O mais demorado é

o processo de criação dos personagens, principalmente os protagonistas e os

antagonistas. Todo personagem tem um passado triste ou obscuro e criar isso é

demorado. Costumo escrever roteiros sempre pois desse jeito não me perco na

história. Livros mais demorados são os de fantasia, quando envolvem reinos, feitiços,

maldições, etc. Qualquer detalhe se torna imprescindível, revisar na vida do autor é

necessário e ter um caderno rascunho é obrigação. (vendo essa entrevista você me parece muito organizada kkkkk)

• Até hoje, qual das suas histórias você mais gostou de escrever?

Que pergunta difícil, socorro! Mas eu escolho Entre Palcos e Armários sem dúvida.

Esse livro é meu auge, nunca fiz uma história tão impactante quanto. Aos doze anos

sonhei com esse livro mas na época eu jamais imaginei eu como escritora. Aos

dezesseis, tive novamente o mesmo sonho, tentei escrever mas nada saiu e a história

ficou somente na minha mente. Somente aos vinte e dois, ano passado que eu

consegui enfim tirar esse livro da imaginação e dar vida à ele. O processo de criação

demorou de sete à oito meses num total e a escolha das músicas para o livro for feitas

desde quando eu tinha 13 anos, um ano depois de ter tido o sonho. Foi então que

comecei a alimentar toda a história mentalmente e quando escrevi, as músicas usadas

já tinham sido escolhidas. Então, sim Entre Palcos e Armários é meu favorito não pelo

fato de ser um livro grande, mas sim porque o mesmo aborda diversos assuntos

importantes nos dias de hoje como depressão, automutilação, suicídio, estupro,

racismo e bullying. (preciso ler esse livro aaaaaaaaaaa)

• Possui alguma dica ou algo que possa falar para ajudar quem está começando agora?

Se organize! Principal dica. Escolha um horário que mais lhe deixa tranquilo para

escrever. Anote tudo e tenha um caderno rascunho para isso. O celular, ipad, tablet,

notebook são ótimos e nos ajudam muito mas é sempre bom ter papel e caneta nas

mãos para idéias futuras, sinopses rápidas e anotações ligeiras. Fuja da procrastinação!

Vai escrever? Desligue a internet, se isole. Concentre-se em seu projeto e mantenha o

foco. A internet, ao mesmo tempo que pode ser a mocinha também pode ser a vilã.

Prepare seu roteiro e tenha-o em mãos quando for escrever. Desse jeito, você não se

perde na história e não repete coisas que já disse ao decorrer do livro. Revise seu

projeto sempre, não somente para encontrar erros ortográficos mas também para

analisar a história num todo. Sempre passa um erro desapercebido enquanto

escrevemos. Leia muito, ouça músicas e assista filmes ou séries. Isso inspira e mantém

sua imaginação ativa.

Antes de divulgar suas histórias, registre-as. Não é obrigatório, mas é necessário. Na

internet tem pessoas boas, mas tem aquelas que acham que tudo que está online não

tem dono. Registrando você se sentirá mais tranquilo e se caso acontecer o plágio,

recorra na justiça. Ser escritor no Brasil não vai te deixar rico ou milionário e quando

você embarca nessa jornada tenha a plena consciência de que a divulgação é a alma do

negócio. Por outro lado, ser escritor hoje em dia vai além da profissão. Ser escritor é

ter a certeza de que suas palavras alcançará um lugar inalcançável chamada a alma do

leitor.

Fechou com chave de ouro ou não?! Amei essas dicas, ainda mais que estou começando a escrever minha primeira história.
Só gostaria de dizer que essa entrevista foi maravilhosa e adorei saber um pouco mais sobre a Quezia. E vocês, o que acharam?? comentem aqui embaixo e compartilhem comigo sua opinião!
Espero muito que tenham gostado e até quarta que vem com mais uma mega entrevista!!!
Um grande abraço, Sofi♡

Link wattpad:
https://www.wattpad.com/user/Quezia_oficial